quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Risotto alla milanese

Conforme algumas pesquisas que fiz o verdadeiro risotto, assim mesmo no original com dois “t”(a grafia correta em português seria com apenas um "t", ou seja, risoto), é um prato típico italiano, onde refoga-se levemente as cebolas acrescenta-se o arroz arbóreo, que é uma variedade de arroz italiano, redondinho, meio gordinho que não precisa lavar, acrescenta-se a manteiga, e ao se acrescentar gradualmente o caldo de carne e outros ingredientes, vamos mexendo até o arroz estar cozido e não poder absorver mais líquido.
Na verdade, Risotto, significa literalmente pequeno arroz, é um prato típico da região do Norte da Itália, mais especificamente ele provém da Lombardia. O risotto data do século XI, quando o sul da Itália era dominado pelos Sarracenos e esses trouxeram o grão usado para a preparação do risotto.
Conforme o wikipédia, a receita original de risoto surgiu em 1574. Por quase 200 anos, nesse tempo, havia muito trabalho na construção de uma Catedral, Duomo di Milano, havia carpinteiros, arquitetos e pintores de toda a Europa. Em uma pequena fazenda poliglota ali perto havia uma comunidade Belga: Valerio de Fianders, mestre na fabricação de vidros, tinha que fabricar algumas janelas para a Catedral e isso lhe trouxe muitos estudantes. Um em particular se destacava dos outros devido a sua habilidade de misturar cores. Seu segredo era misturar um pouco de açafrão quando o vidro estivesse pronto. Seu mestre sabia da paixão de seu mais prospero aluno por açafrão, mas fingia que não sabia de nada e se limitava a dizer a seu aluno, irritando-o, que se ele continuasse com isso iria acabar colocando açafrão no risoto. Após muitos anos de incomodação o aluno decide aplicar um truco no seu mestre: A filha de Valerio iria se casar e o aluno subornou o cozinheiro para esse colocar no risoto um pouco de açafrão. Imagine a surpresa dos convidados quando viram aquele arroz amarelo. Um teve a coragem de experimentar, depois outro e mais outro e todos adoraram surgindo assim o risotto alla milanese.
Agora vamos para uma receitinha básica, pois de acordo com sua criatividade e paladar você poderá fazê-lo com funghi, tomates secos, franco, frutos do mar, queijos, palmito, etc.etc.

Ingredientes:

Uma cebola picada finamente
200g de arroz para risoto (arbório ou carnaróli)
1 taça de vinho branco
1L de caldo quente
Sal e pimenta do reino
Manteiga ou azeite de oliva
Queijo parmesão ralado (preferencialmente um grana padano)

Modo de preparo:

Aqueça o caldo em uma panela separada e deixe-o ferver. Doure a cebola na manteiga e acrescente o arroz. Frite um pouco e some o vinho branco até que esse evapore. Vá acrescentando o caldo aos poucos, uma concha de cada vez, sem que essa cubra todo o arroz, e mexa até evaporar por completo. Faça isso até que o caldo acabe, ou vá provando o arroz para ver o ponto “al dente”. Acrescente o sal e a pimenta a gosto. Apague o fogo e acrescente o queijo. Sirva quente.

Sugiro como acompanhamento uma salada de mix de folhas e um bom Carménere .

Buon appetito

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Páprica - Um condimento da Culinária Húngara


Em viagem recente pela Europa o meu fratelo, João Araújo, me brindou com uma legítima páprica húngara . Ah, mas não sem antes de uma recomendação, que mais parecia determinação “Use-a para fazer um prato na nossa confraria” (somos confrades num grupo do tipo petit comité de gastronomia). E assim sendo, me inspirei para postar alguma receita simples da baixa gastronomia - aquela que acompanha arroz e feijão - portanto ao dispor de todas as classes e todos que comem com avidez, usando a páprica como condimento principal.

Antes da receita, uma dica sobre os benefícios da páprica, afinal é bom saber o que comemos.

E viva o hedonismo gastronômico!

De acordo com o Wikipédia, nem sempre seguro em razão de que é alimentado pelos internautas a seu bel-prazer, sem nenhuma exigência fidedigna, a páprica é uma especiaria obtida do pimentão-doce depois de seco e moído, muito usada na cozinha como condimento. O pimentão-doce é uma variedade de Capsicum annuum, da família das Solanaceae. A sua origem é latino-americana, mais especificamente da região central e do México. Diversas variedades desta espécie são utilizadas de acordo se pretende um condimento mais ou menos picante.
Os benefícios da páprica

A páprica é um maravilhoso estimulante da circulação. Com sua forte cor vermelho-alaranjada que se deve a pigmentos carotenóides protegem o organismo contra os danos dos radicais livres. Sendo da família da pimenta, a páprica tem alta concentração de capsaicina, que reduz as dores e traz benefícios cardiovasculares. É antiinflamatória, digestiva estimula a saída de saliva e aumenta os movimentos peristálticos, vence a perda de apetite e é estimuladora da circulação sanguínea.Também apresenta grande quantidade de vitamina C, essencial para a pele e o sistema imunológico.
Portanto, a páprica é tudo de bom...

Agora a receita.

Cupim ao molho de páprica

Ingredientes:

Um cupim de 500g a 700g
2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola cortada em pequenos cubos
2 dentes de alho macerados
Sal e pimenta do reino (preferencialmente moída na hora) á gosto
1 colher de sopa de Shoyu
1 colher de sopa de extrato de tomate
1 colher de chá de páprica doce
1 xícara de água

Preparo:

Pegue uma panela de pressão, o azeite e leve ao fogo por uns segundos para aquecer, coloque o cupim mexendo de vez em quando até dourar.
Acrescente a cebola em cubos, o alho macerado, a páprica, o sal, a pimenta do reino, o extrato de tomate, o shoyu e por fim a água. Tampe a panela e cozinhe por 30 minutos depois de pegar pressão. Retire a pressão da panela, abra-a e tire o cupim.
Reserve o molho que ficou na panela e passe pela peneira. Retorne ao fogo baixo numa panela menor, acrescente uma 1/2 colher de chá de maisena para engrossar mexendo sempre até chegar ao ponto desejado.
Sirva o cupim fatiado como molho por cima.
Dica: Use uma panela de pressão de 4 1/2 litros, de preferência com antiaderente.
Rende 6 porções

Bon Appétit!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Mercado Matsuri



Sem dúvida, gastronomia e mercado municipal têm uma relação perfeita.
E seguindo essa linha, confesso que em toda cidade que vou, logo procuro onde fica o Mercado Municipal ou seus derivados, Cobal, Mercado Público, ou seja, o local onde os cozinheiros (as) e chef’s compram seus insumos entenda-se ingredientes culinários.

Pois essa semana estou em Curitiba-PR para mais uma etapa de um curso de especialização, não em gastronomia, que é um entretenimento, mas em Ergonomia meu metièr. E não é que coincidentemente, me deparo com a tradicional semana de comemoração da imigração japonesa da primavera!

Chamado de Mercado Matsuri o evento acontece no Mercado Municipal de Curitiba, consta na programação, cursos de sushi e sashimi, apresentações de danças típicas e artes marciais, como o Aikido, também encontramos exposições de ikebana, bonsai e outras artes tradicionais. No momento em que cheguei estava começando a apresentação de um grupo chamado Taikô de Okinawa.
O Mercado Matsuri é uma referência a tradicional Haru Matsuri, traduzida como Festa da Primavera, organizada todos os anos em Curitiba pela comunidade nipo-brasileira.
Vê-se um evento com a tradicional simplicidade oriental, mas com toda a magnitude de sua cultura milenar. Não me furtei de registrar alguns momentos e aproveito para compartilhar com vocês algumas imagens, e parte da programação que vale a pena conferir.

Arigatou gozaimasu!

Sayonara! Até a próxima postagem.

4º Mercado Matsuri
Mercado Municipal de Curitiba - PR
De 27 a 31 de outubro, das 9h às 18h.
Exposição no piso superior no Setor Orgânico
Cursos de Culinária Japonesa – Sushi/Sashimi

sábado, 17 de outubro de 2009

A exôtica gastronomia vietnamita


Ainda custo a acreditar que não posto nada há tanto tempo. É verdade que minha atividade principal está me consumindo muito tempo, mas daí a ponto de eu desprezar as coisas que mais me dão prazer como o caso da gastronomia, é para se preocupar. Realmente, tenho que buscar ser menos negligente comigo e com os outros e voltar aos prazeres da mesa.
Mas mudando de saco pra mala - como se diz aqui no Sul - minha amiga Marcela, que apresentou um prato vietnamita na escola teve grande dificuldade para encontrar ingredientes para sua receita. Isso me chamou atenção, pois na minha "santa ignorância"gastronômica, acreditei que ela não teria dificuldades para achar os insumos em qualquer loja especializada em comida japonesa, por exemplo. Ledo engano. Descobri que alguns molhos são exclusivos dessa gastronomia exôtica, minha gente.
Estou aguardando a receita de sucesso da Marcela, para postar no blog, mas por enquanto, deixo essa receita aqui.

Tom Nuong La Chuoi ou Camarão com capim-limão na folha de bananeira

Ingredientes
2 talos de capim-limão
2 cebolas pequenas (shallots)
1 dente de alho
½ pimenta vermelha
½ colher de chá de pimenta-do-reino
½ colher de chá de sal
½ colher de chá de açúcar
2 colheres de chá de óleo (soja ou girassol)
2 folhas de bananeira

Preparo

Corte os talos do capim-limão em rodelas finas, como alho-poró, e coloque em um pilão. Adicione as cebolas, o alho e a pimenta cortados em pedaços pequenos, além do sal, a pimenta-do-reino e o açúcar. Amasse tudo no pilão até conseguir uma pasta. Adicione o óleo e envolva o camarão com a pasta.

Coloque a folha de bananeira na chama do fogão para murchar. Faça pacotinhos com a mistura de camarão e a folha de bananeira e, se desejar, embrulhe mais uma vez com papel-alumínio. Asse na churrasqueira por 7 minutos de cada lado (ou um pouco mais na grelha elétrica).

Receita da Red Bridge Cooking School, Hoi An, Vietnam.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

AZEITE DE OLIVA: O OURO LÍQUIDO


O Azeite de oliva, o sumo decantado e purificado da azeitona, que se tornou um condimento indispensável na nossa cozinha, também denominado o “Néctar dos Deuses”, já era venerado no mediterrâneo nos tempo de Homero, grande poeta grego que teria vivido no século VIII a.C., portanto, na Antigüidade. O chamado “ouro líquido”, como um santo era valioso e salutar. Atualmente, o azeite de oliva está em alta, não somente pela popularidade crescente da cozinha mediterrânea, mas devido suas propriedades medicinais. O seu alto valor curativo, salutar para cuidados do corpo e a ampla gama de uso, levaram o azeite para as cozinhas e farmácias caseiras daqueles países dos quais o azeite não tem a tradição como nos do mediterrâneo.

Portanto, lambuze-se do sumo das oliveiras...

Saiba mais...

Classificação dos azeites de oliva virgem

A partir da prensagem de azeitonas maduras obtém-se o azeite de oliva virgem, que é tratado exclusivamente por processos físicos: lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação. O resultado é um produto não fermentado de baixa acidez (no máximo 2º).

A União Européia classifica azeites de oliva da seguinte maneira:

• São considerados azeites extravirgens aqueles cuja acidez é menor do que 0,8 % e que apresentaram atributos positivos suficientes em testes sensoriais. São produtos de alta qualidade gastronômica e no dia-a-dia são utilizados para finalização de pratos ou saladas. Industrialmente podem ser misturados com outros tipos de azeite.
• Os azeites de oliva com acidez entre 0,8% e 2% são conhecidos como azeite de oliva virgem. Na sua comercialização podem receber o epíteto fino. Seu principal uso é o culinário e quando usados industrialmente são mesclados com outros tipos de azeite.
• Os azeites com acidez maior do que 2% denominam-se azeite de oliva virgem lampante. Destinam exclusivamente para uso industrial na mistura com outros azeites de Oliva.
• Azeites que superam o grau de acidez de 2% ou que por problemas climáticos ou de processo apresentam defeitos sensoriais são destinado ao refino. O refino não modifica a estrutura química do azeite de oliva e elimina os seus defeitos resultando em um produto com acidez não superior a 0,3%. O azeite refinado não é vendido aos consumidores e destinam-se exclusivamente a utilização industrial, ou seja, são misturados com outros azeites de oliva.
• A mistura de azeite refinado com azeites de oliva vingens (extra, fino ou lampante) recebe a denominação genérica azeite de oliva. O grau de acidez final não pode superar a 1%. Essa limitação modula a utilização dos azeites virgens na produção do azeite de oliva. Ou seja, para atende-la, os fabricantes se obrigam a utilizar mais azeites de oliva extravirgem (ou fino) do que o lampante na elaboração do azeite de oliva. A principal utilização do azeite de oliva é culinária.

Micros componentes dos tipos de azeite de oliva

O processamento do azeite de oliva influencia na concentração de antioxidantes, substâncias que protegem o organismo contra agentes externos e no desenvolvimento de doenças, principalmente as cardiovasculares e o câncer.
O azeite de oliva extravirgem contém uma maior concentração de antioxidantes do que os azeites de oliva refinados. Os principais antioxidantes do azeite de oliva são os derivados fenólicos (tirosol e hidroxitirosol), esteróis livres e seus precursores, o esqualeno. O azeite refinado em função de seu processamento perde uma parte desses microcomponentes, mas mantém a mesma composição de ácidos graxos dos azeites virgens. Veja as diferenças:
• O azeite de oliva extravirgem tem 330 mg de vitamina E/kg e 400 compostos fenólicos diferentes.
• O azeite de oliva refinado contém 220 mg de vitamina E/kg e 80 compostos fenólicos. A menor concentração de compostos fenólicos e vitamina E do azeite refinado diminuem a estabilidade do produto quando comparado com o virgem.
A composição de ácidos graxos, responsável por importantes benefícios à saúde, é semelhante nos dois tipos de azeite.

Fonte: www.azeite.com.br

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O creme de alho do Tóia

Meu amigo Cristovão Feil, o Tóia, grande conhecedor e produtor de cachaça, entre outras qualidades, me brindou hoje por e-mail com essa receita de creme de alho, onde entre outras utilidades, usamos aqui nos nossos churrascos. No churrasco, recheamos um pão "dormido" que é aquecido na churrasqueira até ficar crocante e junto com a linguiça calabresa ou lascas de costela de peito serve de aperitivo, antes de ser servida a saborosa costela minga e aquela picanha com uns dois dedos de gordura de manta. Aliás, a picanha fica uma gostosura passada nessa pasta antes de ir ao fogo. Só não aconselho depois de se esbaldar com esse inocente pãozinho com alho, um encontro com aquela candidata a namorada que você conheceu e ficou na noite de sexta-feira.
Vamos a receita e um bom feriado para todos.

CREME DE ALHO

Ingredientes:

-500 ml leite integral10 dentes de alho (retirar o miolo que pode amargar, depois)
-1 pitada de salAzeite de oliva (ou de arroz, milho, algodão...)

1) Bater no liquidificador (ou processador) o leite, o alho e o sal.
2)Acrescentar um fio de óleo ou azeite sobre a mistura (com o liquidificador ligado) até ver que está mais espesso, vai uns 150 ml de óleo (depende do gosto do freguês).
3) Ficará, a princípio, como líquido, um pouco mais denso que o leite.
4) Colocar num vidro com tampa e deixar curar por 15 dias na geladeira. Está pronto para comer. A consistência é cremosa, como a maionese industrializada.

Passar no pão, bolachas água & sal, sanduíches, tira-gosto, torradas, canapés, etc.

domingo, 31 de maio de 2009

Rabada com agrião ao vinho tinto, a moda do Gaúcho


O outono chegou, e com ele o friozinho do sul. Essa condição climática me apetitou uma comidinha simples, porém nutritiva e, por que não dizer...LIBIDINOSA.
Experimentem e depois me enviem sua opinião.
Acompanha um bom Merlot ou Cabernet Sauvignon.
Boa semana para todos!

Rabada com agrião ao vinho tinto, a moda do Gaúcho

Ingredientes para o molho
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 dentes de alho amassados
- 1 cebola picada2 tomates (sem pele) picados
- 1/2 xícara (chá) de vinho tinto seco(não precisa ser chileno)
- 1 tablete de caldo de carne
- 3 colheres (sopa) de salsinha picada
- sal e pimenta-vermelha o quanto baste
- 1,5kg de rabada de boi cortada pelas juntas
- 2 colheres (sopa) de óleo 4 dentes de alho amassados, se não gosta de muito alho pode deixar por 2 dentes
- 2 folhas de louro
- 2 molhos de agrião.

Agora o preparo...

Em uma panela grande coloque a rabada e cubra com água. Deixe ferver por uns 10 minutos para retirar o excesso de gordura. Escorra a água e reserve. Em uma panela de pressão grande, aqueça o óleo e doure o alho. Acrescente a rabada, o louro e 1 litro de água fervente. Deixe cozinhar por 40 minutos ou até que a carne esteja macia, mas sem soltar do osso. Se for necessário, acrescente mais água. Escorra toda a água e reserve.
Molho: Em uma panela, aqueça o azeite e doure o alho e a cebola. Junte os tomates, o vinho e o tablete de carne e cozinhe por cerca de 10 minutos. Coloque a rabada no molho e cozinhe por mais ou menos 10 minutos. Salpique com a salsinha picada, coloque em um refratário e sirva em seguida numa "cama" de ramos de agrião.
O prato pode ser acompanhado de batatas ou a mandioca - aqui no sul, aipim - mas ficam por conta do cozinheiro e seus comensais.
É de comer de joelhos...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Choperia Schwarzwald ou Bar do Alemão?


A Choparia Schwarzwald, assim mesmo, Choparia, ou mais popularmente chamado Bar do Alemão serve um chope farto e geladérrimo. Uma boa pedida é pedir o “submarino”, um caneco de chope que vem servido com um mini caneco de steinhaeger mergulhado na bebida. Dizem que com o hábito dos clientes levar "discretamente" o canequinho para casa, os proprietários oficializaram o suvenir. Para quem lá for, poderá apreciar essa junção maravilhosa, que resultou num casamento perfeito de muita intimidade e cumplicidade. E, como evidência, poderá verificar que no fundo do canequinho uma bem-humorada inscrição: "Este caneco foi roubado honestamente". A propósito, convém avisar que para não ficar “borracho” por conta do líquido etílico, convém ingerir algo sólido e para tanto, no cardápio encontramos petiscos e pratos tradicionais como o aperitivo do alemão, composto de uma seleção dos petiscos mais pedidos - as salsichas bockwurst e bratwurst, carne-de-onça, eisbein (joelho de porco), morcilla (chouriço) branca e preta e queijo de porco. Quatro pessoas mesmo com fome podem arriscar a levar até uma quentinha pra casa. Já entre os pratos mais elaborados, há o mignon com molho de nata e champignon sobre broa com spätzle (espécie de nhoque) e o kassler, com bisteca de porco, bratwurst, chucrute e salada.Taí a dica da semana, para os turistas como pessoas de negócio que estejam, por ventura passando por Curitiba.O endereço é na Rua Doutor Claudino dos Santos, 63, São Francisco, centro antigo conhecido como Largo da Ordem.(41) 3223-2585. 11h/2h. Cc.: D, H, M, V e A. Cd.: M, R e V. Cr.: S, V e SP. T.: Cr, C, T e V. Entrega em domicílio ( 3244-9330). www.bardoalemao curitiba.com.br. Aberto em 1979.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Bacalhau a Gomes de Sá do Toninho


Meu querido amigo Toninho Proença me fez uma visitinha essa semana. Lembrando-se que sou "atirado nas panelas" - quero dizer, gosto de cozinhar, e sem falsa modéstia, até que me saio bem. Indignado, ele queixou-se que foi tentar fazer um bacalhau a Gomes de Sá e o prato ficou salgado "pra dedéu". Disse ele: - Isso que deixei 2 dias demolhando e trocava a água de hora em hora. Desnecessariamente, cá pra nós...
Mas, sinceramente, o Toninho na verdade e um um maravilhoso comensal e especialista em vinho e espumante. Cozinha, certamente não é o seu metiér. Então, em homenagem ao meu fratello, vou postar uma receitinha de bacalhau e aproveitar para enviar um recado:
- Toninho, na próxima vez "cada um no seu quadrado", eu fico na cozinha fazendo o bacalhau e você vai me servindo um bom Carbernet Sauvignon ou um Chardonnay, ou ainda melhor, um vinho verde.

Começando os trabalhos com um pouco de cultura...
O processo de salgação é mesmo chamado de bacalhau, mas ao usar-se o processo para salgar o peixe, ficou mais fácil chamar todo peixe salgado de bacalhau.
Antes da receita, uma dica para dessalgar o peixe e não estragar o caro e saboroso prato.

1) Retire o excesso do sal no início do dessalgue.Coloque o bacalhau em postas ou desfiado dentro de um vasilhame sob um fio de água corrente durante 10 minutos, para retirar o excesso do sal.
2) Dessalgue o bacalhau dentro da geladeira.É muito importante dessalgar o bacalhau dentro da geladeira. Não se preocupe, pois o bacalhau não exala cheiro quando está imerso em água gelada. Dessa forma, o bacalhau vai ficar tenro e consistente. Se dessalgado fora da geladeira, o bacalhau vai exalar forte cheiro, podendo pré-cozinhar e até estragar, principalmente nos dias mais quentes.
3) Verifique o tamanho das postas para saber o tempo de dessalgue.Abaixo você encontra as trocas de água que são necessárias para cada tamanho. Mas para ter certeza do ponto certo de sal que você deseja obter, prove o bacalhau durante as duas últimas trocas de água.
Postas pequenas - trocar a água de 6h em 6h, durante 24-30hPostas médias - trocar a água de 6h em 6h, durante 30-36hPostas largas - trocar a água de 6h em 6h, durante 36-42hBacalhau desfiado (lascas grandes) - trocar a água de 3h em 3h, durante 6h-9h (cuidado, porque o bacalhau desfiado dessalga muito rapidamente, dependendo do tamanho da lasca e da quantidade de água ).OBS: Se o bacalhau ficou mais salgado do que o esperado, cubra-o com leite fervente e deixe-o de molho por 20 a 30 minutos.
Fonte: http://www.bacalhau.com.br/


Bacalhau a Don Siri
Porção para 4 pessoas.

INGREDIENTES:

- 600g de Bacalhau em Lascas dessalgado
- 500g de batatas
- 250ml de azeite extra-virgem
- 2 dentes de alho
- 2 cebolas
- 2 ovos cozidos
- azeitonas pretas portuguesas, o quanto baste
- salsa, o quanto baste
- 1 molho de couve portuguesa
- 2 pimentões, 1 verde e 1 vermelho
- sal e pimenta do reino

MODO DE PREPARAR:

Cozinhar o bacalhau dessalgado em fogo brando por 5 minutos, sem deixar ferver. Tampar e abafar o recipiente e deixar ficar assim durante 20 minutos. Depois separe a pele e as espinhas e desmanche o bacalhau em lascas. Escorra bem e coloque as lascas num recipiente fundo. Aquecer uma panela com água, quando começar a ferver, desligue o fogo e coloque as folhas de couve lavadas e sem o talo para dar uma rápida cozinhada na couve (uns 3 minutos de molho na panela tampada é suficiente). Cortar as cebolas às rodelas, o pimentão em tiras e o dente de alho às rodelas finas. Dourar ligeiramente o alho e as cebolas no azeite e, posteriormente, colocar as cebolas, também para dourar. Juntar as batatas, cozidas com a pele que depois foi retirada e cortadas em rodelas. Juntar o bacalhau. Mexer tudo ligeiramente, mas sem deixar refogar. Temperar com sal e pimenta. Colocar imediatamente num tabuleiro de barro ou forma de vidro intercalando as camadas com folhas de couve e levar ao forno bem quente durante 10 minutos. Servir no prato em que foi ao forno, polvilhado com salsa picada e enfeitar com rodelas de ovo cozido e azeitonas pretas.

Importante: Não poupe azeite de oliva, lembre-se que ele faz bem para o coração.


Bom Apetit!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Choparia Schwarzwald ou Bar do Alemão?


Começando os trabalhos...pelos canecos.

Choparia Schwarzwald ou Bar do Alemão?


O fundo do caneco é a evidência...

domingo, 3 de maio de 2009

A receita de beringela na grelha


Ingredientes:


- Umas 4 unidades de berinjelas média- Sal á gosto, mas cuidado com a hipertensão
- Queijo parmesão ralado grosso
- 3 dentes de alho amassados
- quanto baste de orégano
- Azeite de oliva extra-virgem, sem economia.


Modo de preparar:


Corte as berinjelas ao meio, no sentido do comprimento. Coloque-as em água e sal por alguns minutos. Retire as berinjelas da água e deixe escorrer, secando-as depois. Faça cortes na polpa no sentido horizontal de depois vertical, formando pequenos quadrados, com a ponta da faca, tomando o cuidado para não perfurar a casca. Esse procedimento irá facilitar a penetração dos temperos. Esfregue o alho amassado, espalhando bem sobre a polpa da berinjela. Espalhe o sal, o orégano, e cubra a berinjela com o queijo ralado. Regue com bastante azeite. Não economize na quantidade de azeite, pois, ele deixará a berinjela macia, não permitindo que fique dura. Leve diretamente a grade da churrasqueira com cuidado. Quando, ao espetar com o garfo, sentir a polpa macia e cozida, pode retirar do fogo. Ela estará úmida, perfumada e hummm,Saborosa.
Sirva na própria casca com aquele pãozinho que foi ao fogo e está estalando.

Bon apetit!

Churrrasco no Latão

Aproveitando o sol maravilhoso que fez ontem em Porto Alegre abençoando nosso sábado, a rapaziada se reuniu para mais um churrasquinho de latão. Como manda o figurino, na rua debaixo de uma árvore, com carnes diversas: carne de cordeiro, granito (peito), lingüiça apimentada, costelinha de porco, cebola no espeto, matambre e, entre outros, rolou uma berinjela na grelha, com queijo parmesão, orégano e muito azeite de oliva., servida num pãozinho estalando. DELICIA é de comer ajoelhado...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Próxima pauta...O Sabático!

No início de março, me reservei o direito de um sabático no Rio de Janeiro, a cidade, que com todos os seus problemas continua sendo “abençoada por Deus e bonita por natureza”, parafraseando Jorge Benjor.
Maravilha, maravilha...Praia, céu de brigadeiro, chope gelado do Clipper, empada de camarão do Picote, pataniscas do Pavão Azul, cerveja gelada do Bar Urca e por aí afora.

Se alguém tinha dúvida da presença do Nelson Motta no Samba Luzia prestigiando o Samba Carioca, aí está...
No Samba Luzia, o pagode e samba no pé rolou e encantou...
O Também gaúcho, Santamariense, Chico Pinheiro(Globo) cai no Samba.

Dois gaúchos do Rio Grande no "Grande Rio".

O Samba Luzia

Estive a convite do Márcio, e com o Márcio, no Samba Luzia (ao lado do Aeroporto Santos Dumont, no Clube Santa Luzia) que funciona as sextas-feiras, com as tradicionais rodas de samba do Rio de Janeiro com a participação de feras como Moacyr Luz, Tia Surica, Paulão 7 Cordas, entre outros. Encontrei Chico Pinheiro (Sarau, Globo News) e também numa dessas o Nelson Motta, é mole, ou quer mais?
Confesso que estou com saudades desse clima de bem viver.

O beco do Rato


O Beco do Rato é um lugar agradável que recebe todas as tribos de todas as idades e nacionalidades. Lá o samba e o chorinho rolam soltos, além de outras atividades culturais, como exibição de documentários e filmes e bate-papos culturais.

Samba e Pagode















Obviamente não poderia deixar de curtir um pagode e, para tanto, fiquei instalado na Lapa, mãe da boemia carioca. Lá conheci o Márcio Pacheco, um próspero empresário mineiro, proprietário do Beco do Rato e Samba Luzia, discreto, como manda a cartilha mineira e um amigo como poucos. Ele me apresentou Carlinhos 7 Cordas, que dispensa currículo, no Nova Capela, onde jantamos com outras personalidades do samba.

Autocritica

Mas afinal, a criação desse blog não teve outra pretensão que não fosse a de “desabafar” sobre coisas que gosto de trocar, além de desopilar a memória. É maravilhoso aliviar o estresse do trabalho e, porque não, me divertir sem a preocupação de uma censura paroquial. Senão, ao contrário, prefiro o bar, lá o ambiente é democrático e, por assim ser, a censura é “quase” inexistente. Então porque não escrevo com mais freqüência? Pelo simples fato de ser um relapso confesso e não administrar melhor o meu tempo, e não por falta de assunto ou disposição.

A Fênix

E dizer que desde outubro passado (do ano passado) eu não compartilho meus assuntos com vocês...
A verdade é que estive meditando sobre a periodicidade em que escrevo aqui no blog (agora repaginado) e constatei que é a mesma ou, pior, inferior a que as pessoas o visitam, portanto, estou “perdoado”. Nem meus amigos têm curiosidade pelas receitas que publico, snif!